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Jop Hopping: vilão ou mocinho? Entenda melhor esse movimento que vem mudando o mercado de trabalho

Gabriela Navarro

Você conhece alguém que muda de emprego com frequência? Aquele amigo que de tempos em tempos está atualizando o LinkedIn e buscando novas oportunidades.

Muitas pessoas fazem isso em busca de salários mais altos, melhores benefícios, um ambiente de trabalho mais satisfatório ou até em busca de desenvolvimento profissional e crescimento mais rápido em sua área de atuação

Se há alguns anos as pessoas tinham medo de trocar de emprego com frequência, hoje a maioria faz isso com muito facilidade.

Essa é uma nova tendência que se chama Jop Hopping, neste artigo vamos falar um pouco sobre como esse movimento vem impactando o mercado de trabalho.

 

O que é Jop Hopping?

Jop hopping, em tradução livre, significa "pular de emprego". Ele é caracterizado pela prática de mudar frequentemente de emprego, geralmente com períodos curtos de permanência em cada empresa.

Em outras palavras, uma pessoa que pratica o job hopping muda de emprego com mais frequência do que o esperado ou considerado tradicional. Esse movimento vem ganhando cada vez mais força.

Segundo dados do Ministério do Trabalho, a média de meses que um trabalhador fica em um emprego não chegou aos dois anos em janeiro de 2023.

A geração Z não tem medo de mudar de emprego, conforme dados divulgados pela CNN, quase um quarto dos jovens entre 18 a 24 anos permanece dentro de uma empresa por pouco menos de três meses .

Esse grupo, conforme o levantamento, chega a 2,47 milhões de pessoas nessa faixa etária. Em seguida, 2,40 milhões (24,1%) ficam de um a pouco menos de dois anos.

 

Geração Y versus Geração Z

A geração Y, aqueles nascidos nos anos 80, teve uma criação totalmente diferente da geração Z. Para eles, o "certo" era conseguir um emprego, passar anos e anos na mesma empresa, comprar uma casa, formar uma família, ter um carro próprio...

Essa era a receita para uma vida perfeita e estável, e era passada de pai para filho como se fosse uma receita de bolo.

Mas, com o passar do tempo, essa receita foi mudando e, assim como o forno a gás foi substituído pela Air Fryer, os hábitos e os desejos das pessoas também mudaram.

Aquele pensamento de ficar no mesmo emprego por anos, mesmo que você não esteja feliz nele, tornou-se antiquado.

Nos últimos anos, principalmente depois da pandemia e dos impactos que ela causou no mundo, a geração Z está em busca de qualidade de vida e não tem medo de pular de emprego em emprego procurando realização.

 

Por que o Job Hopping se tornou tão comum?

As pessoas estão mudando de emprego por diversos motivos. Aqui estão alguns deles:

1- Busca por qualidade de vida: Como mencionado anteriormente, muitas pessoas estão mudando de emprego para encontrar um modelo de trabalho que atenda às suas necessidades e proporcione uma melhor qualidade de vida.

2- Crescimento profissional: Alguns profissionais não encontram oportunidades de crescimento dentro de suas organizações atuais e, portanto, buscam por novas oportunidades que lhes permitam avançar em suas carreiras.

3- Desmotivação: Após os primeiros meses de experiência, a empolgação e motivação inicial pelo trabalho podem diminuir. Essa é a fase da "lua de mel", e muitos profissionais percebem que o ambiente atual não é adequado para eles, levando-os a buscar novas experiências.

4- Remuneração: Enquanto a geração Y valorizava a estabilidade, a geração Z busca uma melhor remuneração e mais benefícios em seus empregos.

Mas como isso afeta o currículo dessas pessoas? Como o RH e gestores devem se comportar diante desse novo movimento?

 

Job Hopping e processos seletivos

Quando você vê um currículo de um profissional com várias experiências, qual é a sua primeira reação?

Se fosse há anos atrás, isso não causaria uma boa impressão e o candidato poderia até ser visto como alguém “pula-pula”.

No entanto, hoje em dia, esse cenário precisa ser visto com outros olhos e precisamos nos adaptar ao comportamento da nova geração se quisermos contratar pessoas que estão entrando no mercado de trabalho.

Ter várias experiências no currículo e um curto período de tempo nelas não é sinônimo de incompetência, mas mostra que aquela pessoa está em busca de crescimento, novas oportunidades ou simplesmente não se encaixou na cultura das empresas anteriores.

É importante que o RH e os líderes, durante os processos seletivos, adotem uma abordagem mais flexível ao analisar os currículos dos candidatos.

Antes de reprovar algum candidato pelas suas experiências no currículo, é necessário realizar uma avaliação mais aprofundada para conhecer seu perfil, considerando outros aspectos, como entender o porquê a pessoa mudou de emprego e levar em consideração o perfil da vaga.

Em vagas de tecnologia, por exemplo, o tempo médio de um talento em uma empresa é menor doque em outras vagas, além disso é importante analisar a diversidade de experiências, as habilidades adquiridas e a adaptabilidade do candidato.

 

Quer ajuda para fazer suas seleções e analisar os perfis dos candidatos?

Em tempos de job hopping, é essencial realizar processos seletivos de forma assertiva para economizar tempo e recursos da sua organização.

Na Mova RH, desenvolvemos uma metodologia que busca alinhar a cultura da empresa/escritório com as expectativas em relação aos candidatos para que o talento permaneça mais tempo na sua organização.

Através de uma análise minuciosa, buscamos trazer talentos engajados e alinhados com os valores e a cultura do seu negócio.

 

Com a Mova RH, garantimos o match perfeito entre os candidatos e a sua organização, resultando em profissionais mais felizes e produtivos.

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