São inúmeros os motivos para errar no recrutamento. Talvez o erro esteja na falta de conhecimento do recrutador, na pressa e ansiedade do gestor que passou por cima de etapas ou pela falta de conhecimento de cultura da própria empresa. Afinal, como contratar uma pessoa com o mesmo fit cultural se você nem sabe qual a cultura da sua empresa ou da sua equipe?!
Mas vamos ao que interessa! Quais são as consequências de escolher a pessoa errada?
Então entra o candidato que não tem o mesmo propósito que a empresa, e o que vai a acontecer com o tempo? Ele irá sentir-se desestimulado e irá perder o tesão! E qual a consequência disso? Um peso morto e o investimento em alguém que já não lhe dá retorno algum!
E com o tempo ele afeta negativamente as pessoas ao seu redor e esse antes único problema agora vira um grupo de pessoas. Logo você não tem mais um problema de engajamento, mas sim de clima, porque agora são várias as pessoas que estão desestimuladas só enxergando defeitos na empresa.
Várias pessoas então começam a procurar emprego fora porque não estão mais felizes ali.. E o que acontece? O terror do RH: turnover elevado e, como consequência, a marca empregadora fica no brejo, pois esse é aquele tipo de informação que chega rápido no mercado
Acredite, falo como headhunter.
Convenhamos, assim como não existem pessoas perfeitas, não existem empresas perfeitas, e da mesma forma que aprendemos a amar o nosso parceiro mesmo com seus defeitos, também aprendemos, quando estamos motivados e acreditamos no porquê de estarmos ali, a amar a empresa e os defeitos dela.
Mas esse texto não é só sobre desgraça e início do apocalipse!
Foi apenas um choque de realidade para prestarmos atenção e fazermos um recrutamento de forma consciente, sem ansiedade ou levados pela emoção. É preciso saber exatamente o que se espera daquela vaga, usar da sinceridade com o candidato, contar-lhe os desafios que podem ser vistos por ele como excitantes, preocupando-se mais com o soft skill do que com os conhecimentos técnicos, porque aprendizado técnico a gente aprende, mas soft skill, é difícil.
E óbvio, para fazer uma proposta interessante para ele é preciso ouvi-lo, e não estou falando apenas de ouvir sua pretensão, mas saber a fundo sobre sua vida, se tem casamento marcado, se há um bebê chegando, se mora por conta própria ou se precisa ajudar a família.
Por que isso? Para entendermos se nesse momento faz sentido para a vida dessa pessoa uma mudança de emprego ou o salário oferecido. Afinal, você está lidando com um dos pilares mais importante da vida dela: o pilar profissional.